
Com a volta de Neymar, o Santos criou o “Departamento de Planejamento e Assuntos Estratégicos”, responsável pela defesa econômica de propriedades, o que inclui materiais esportivos, produtos licenciados e direitos de transmissão. Em outras palavras, combater a pirataria.
De acordo com um levantamento do Fórum Nacional contra a Pirataria e Ilegalidade (FNCP), a pirataria deu um prejuízo de meio trilhão de reais para a economia brasileira em 2024. Dentro do futebol, a pesquisa revelou que 37% das camisas de times comercializadas são falsificadas.
Uma motivação para esse mercado ilegal continuar são os preços altos de produtos oficiais dos times.
Em 2023, a Volt Sport, empresa brasileira fornecedora de material esportivo para clubes de futebol, lançou uma linha “Pop” em parceria com o Fortaleza, para dar acesso aos itens do time a diferentes públicos. O clube cearense já havia tomado outras medidas para combater a pirataria: em 2020, utilizou linhas populares de produtos oficiais e vendeu as camisas por R$ 59,90, ao invés dos mais de R$200 originais, e ainda contou com a ajuda de ambulantes parceiros ao redor do estádio.
O consultor do segmento esportivo Fábio Wolff afirma que a conscientização é fundamental para combater a pirataria. “Em alguns casos, os torcedores não refletem sobre o impacto financeiro que um produto não oficial pode causar ao seu time do coração, então a informação e a divulgação dos malefícios desse mercado se mostram cada vez mais importantes para uma relação mais saudável entre clube e torcedor.”
A Liga de Futebol Profissional da Espanha, LaLiga, também busca soluções para a questão da pirataria no Brasil. Com um público forte no país, a LaLiga fechou uma parceria com o Núcleo Antifraude da Associação Brasileira de Televisão por Assinatura (ABTA) para bloquear transmissões ilegais.
Fonte: veja.abril.com.br