O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou, nesta quinta-feira (3/10), que o governo federal estima banir dois mil sites de bets irregulares a partir de 11 de outubro. Os endereços dessas plataformas serão bloqueados no Brasil.
“Nos próximos dias, dois mil sites vão sair do ar, vão sair do espaço virtual brasileiro. Eles vão se tornar inacessíveis ao cidadão que está no território nacional. Não importa se ele é brasileiro, ele não terá acesso no território nacional a cerca de 2 mil endereços eletrônicos”, disse ele em reunião no Palácio do Planalto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ministros.
Ainda segundo o titular da Fazenda, a “lista positiva” — composta pelas marcas e domínios que pediram autorização para explorar o mercado de quota fixa no país — publicada nessa terça-feira (1º/10) representa apenas 10% do total das bets que serão proibidas em território nacional.
Anteriormente, a estimativa da Fazenda girava em torno de 600 sites ilegais que precisariam ser bloqueados pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
As operadoras deverão derrubar os sites a partir de 11 de outubro. As empresas precisam deixar os sites disponíveis até o próximo dia 10 de outubro para o resgate de dinheiro dos apostadores.
Reunião sobre as bets
Além de Haddad, participam da reunião com o presidente Lula os ministros Wellington Dias (Desenvolvimento Social), André Fufuca (Esporte), Nísia Trindade (Saúde) e Ricardo Lewandowski (Justiça e Segurança Pública).
No Planalto, Lula afirmou que os brasileiros estão “dependentes” e “viciados” em jogos de apostas on-line, mais conhecidas como bets.
“É importante [debater] os jogos que a sociedade brasileira está envolvida nas bets e outros tipos de jogos. Tem muita gente se endividando, muita gente gastando o que não tem, as pessoas são dependentes, estão viciadas”, disse o presidente da República.
No momento, 0 Ministério da Fazenda atua nas seguintes frentes:
- Banir as bets não regularizadas do país;
- Proibir formas de pagamento por cartão de crédito;
- Acompanhar CPF dos apostadores e verificar tendências ao vício ou práticas ilícitas; e
- Regulamentar a publicidade das bets no país.
Fonte: www.metropoles.com